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sábado, 8 de janeiro de 2011

DIFERENTES X OPOSTOS

É grande a diferença entre opostos e diferentes? Acho que sim. Opostos são...opostos. Diferentes são apenas diferentes. Onde isso afeta os relacionamentos? Sou defensora de que os opostos podem até se atrair, mas não devem investir em um relacionamento. Já os diferentes acho que podem conciliar as diferenças, desde que ambos façam concessões em igual proporção.Algumas coisas são incompatíveis, como um priorizar o dinheiro e o outro, a espiritualidade, um ser ligado ao meio ambiente, aos direitos humanos e à vida animal, enquanto o outro, atropela um cachorro para fazê-lo aprender a não dormir mais debaixo do seu carro, ou corta um frondoso ipê, porque ele suja seu quintal de roxo, na época em que está florindo. Esses são opositores, quase rivais em sua visão de mundo. Tem coisa que não dá para suportar. Não dá para ver e ficar calada, não dá para deitar na cama, fazer carinho, fazendo descer "guela abaixo" algo que tocou nas suas convicções morais. Ninguém é igual a ninguém, e aí está a graça da vida. Doar e receber o que há de melhor no parceiro e em si, é a verdadeira troca e merece investimento, é onde crescemos, evoluímos e nos permitimos o novo. Isso é acrescentar, é relacionamento que dá frutos, para nós, para nossos filhos, para o outro e para o mundo.
Existem diferenças que precisam apenas ser trabalhadas no outro, e a única forma é respeitando as diferenças. Por exemplo, um é vegetariano, enquanto o outro come até paca crua, um é espiritualista, enquanto o outro acredita que ao morrer, vira-se pó, um é flamengo doente, o outro botafogo doente, um ama esportes, enquanto o esporte do outro é caminhar atá a padaria para comprar pão, um adora noitadas, enquanto o outro gosta de sua cama macia e um belo livro. Nesses casos, cabe o bom senso, pois se existe amor, respeito e bom humor, não vale à pena jogar tudo para o alto. Melhor é negociar - enquanto o flamengo joga, o outro escuta música, um fim de semana você lê um bom livro e ele sai com amigos, uma ou outra vez, um acompanha o outro em seu programa favorito. Se há realmente parceria, não cabe o ciúme, e deve-se respeitar a individualidade e as escolhas de cada um. É preciso aprender que relacionamento a dois, não é posse do parceiro, não é metade da laranja, não é complemento de uma parte faltante, é apenas andar ao lado, puxar o outro, quando ele se cansa. Isso é formar um casal. Claro, que se um defende uns bons tapas nas crianças como forma de educar, enquanto o outro é militante de carteirinha da nova lei que proibe os tais tapinhas, vai ficar mais complicado. Sempre é melhor conversar sobre o máximo de coisas relevantes antes de se casar. Mas antes de qualquer coisa,  diferenças sempre existirão. São essas benditas que nos tiram da perigosa zona de conforto. Não vai dar para relevar  se o outro é da opinião de que Hitler "tinha lá os seus motivos" (isso envolve crença, mas antes, envolve o caráter e até, sanidade mental), mas dá para relevar se diz que comer carne faz parte da "cadeia alimentar". E olha que sou vegetarina!

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