Sinto dificuldade
quando preciso dizer aos adolescentes certas coisas de "gente grande"
que já endureceu e dificilmente não perdeu a ternura. Acho que é por perceber que é chegado o fim daquela doce inocência.
Hormônios a flor da
pele, descobertas aos borbotões, tanto físicas quanto emocionais e sociais. Apaixonados
pelo namorado(a) de repente são invadidos por uma vontade que pulsa de "pegar" a
garoto(a) da escola, e vem a pergunta:
- O que eu
devo fazer?
-Você precisará
escolher meu bem.
Na vida é preciso
fazer escolhas o tempo todo.
Não faça aos outros
aquilo que não gostaria que lhe fizessem.
Ninguém pode ter tudo
na vida.
Não seja desleal.
Mas desleal a quem? Ao namorado(a) ou aos seus hormônios? Sei o quanto é difícil separar sentimentos
de impulsos quando se tem 15, 16,17 anos, completamente independente do sexo ser masculino ou feminino, afinal estamos nos século XXI e não vamos discutir aqui a boçalidade do machismo...Isso ficou demodè.
A grande maioria dos jovens escuta o hino: "aproveita a vida, porque ao chegar à vida adulta tudo
mudará". Muitas coisas mudarão, claro. Mas os laços de afeto serão
sempre laços de afeto independente da idade. Trair a confiança de uma pessoa a
quem você prometeu amor e fidelidade (seja por um dia ou por um ano), não é uma
atitude para ser banalizada com a desculpa de que se é jovem.
Dúvidas são como
pragas nessa idade. Então, não prometa nada. Seja sincero. Exponha seus
sentimentos para seu par. Honestidade é um princípio básico que independe
da sua certidão de nascimento.
A ética não pode ser
elástica, ela deve reger uma vida do início ao fim.
Será preciso optar
entre aquele amor romântico do primeiro namoradinho (a) e aquele "amasso"
com aquele(a) "peguete" da escola? Sim. A não ser que seu par ache
normal "dividir a bola" e que você se sinta à vontade em viver essa
situação.
Tudo da vida tem um
preço e um valor. Pague o preço, mas antes pese o que tem mais valor para você.
Ninguém escapa da lei
do "isso ou aquilo". Fazemos escolhas a cada amanhecer, desde que nos
tornamos conscientes de nós mesmos, do outro e de tudo o que nos cerca.
Bem-vindo ao mundo
dos adultos!