O blogger é atualizado de acordo com as batidas do meu coração. É um prazer tê-los comigo.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Dor da saudade

Após o término de um relacionamento os dias se parecem com aquelas intermináveis noites de insônia. Perguntas como: porque não deu certo? O que eu poderia ter feito diferente? E as dúvidas -  e se eu fosse mais nova ou mais velha, e se eu fosse mais magra ou  mais gorda, e se eu fosse mais animada ou mais contida. A maioria desses questionamentos não tem serventia, e vão te consumir em vão. É  mais sofrimento a ser somado à dor da perda. Algumas vezes há motivos que justifiquem o final da relação, como incompatibilidade de gênios, fim do tesão, vontade de curtir a vida sozinho. Mas a grande verdade é que tudo se resume à extinção da motivação primordial que é o amor, e sem ele tudo é nada. Não me venha com aquela típica desculpa esfarrapada de que  "eu o amava tanto que decidi deixá-lo livre" ou "eu o amava muito mas queria aproveitar a minha vida"...Isso não existe! Não vamos desrespeitar o amor.
Quando as lágrimas finalmente começam a secar, e você entende que NÃO há culpas e nem culpados, chega o momento da saudade - do cheiro, das gargalhadas, das roupas esquecidas toda as vezes em que ele ia embora. É assim mesmo. Você está vivenciando o seu luto, o que é necessário e saudável pois quando tudo passar, você sairá inteira.
Essa dor da saudade não significa que você esteja "empacada" no mesmo lugar desde que terminaram, ou que andou para trás, e  muito menos que você ainda continua gostando dele.  Isso é apenas presença daquela ausência. A ausência dos bons momentos que habitará em você  para sempre. Não é a falta da pessoa em si e sim das vivências.
Como lindamente escreveu Drummond "Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim." Com o tempo você achará um lugar confortável para guardar essas lembranças sem que elas lhe causem dor. 
O tempo cura tudo e dá um jeito no que parece não ter solução. É só aguardar.
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