O blogger é atualizado de acordo com as batidas do meu coração. É um prazer tê-los comigo.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

El conquistador


Há casal que se dá bem em tudo. Ri e chora junto, vida sexual ativa, amor e a grata certeza de que se voltassem o tempo escolheriam novamente seguir a vida juntos.
E tem o casal que "empurra" o relacionamento. Só trocam meia dúzia de palavras quando viajam de férias. Não compartilham nada e sexo é uma obrigação cumprida com dia e hora marcados.
Se o primeiro marido vivesse casos extraconjugais seria estranho não é? Eu acharia. Já o segundo, se não vivesse é que seria estranho. Acontece que nenhum dos dois possui amante mas têm a constante necessidade de auto-afirmação perante outras mulheres, e dessa forma, portam-se como "arroz de festa"
– sabe aquela triste postura dos que só fazem barulho e nada mais ? Quando se vêm em um ambiente com mulheres, trocam olhares sedutores, fazem aquela voz de locutor de rádio, falam só o que elas gostam de ouvir e de preferência ao pé do ouvido, mas... Não passam disso... Não fazem nadinha... E nem tentam fazer! A certeza de conseguir dar “olé” na esposa lhes dão um prazer quase sexual... E olha que acredito que eles amem verdadeiramente essas esposas... Pobre deles! Para os que reconhecem esse "defeito de fabricação" basta um bom tratamento psicológico pois deve ser muito ruim precisar sempre da aprovação do sexo oposto (em diversidade!) para sentir-se seguro.
Na vida do primeiro casal não caberia esse tipo de comportamento. Ele é amado, respeitado e valorizado pela esposa e deveria sentir-se pleno. Acontece que a esposa é somente UMA mulher, e ele precisa certificar-se que continua fazendo sucesso com TODAS.
Na vida do segundo casal caberia muita gente de fora, já que não se amam e mesmo assim o marido prefere passar a vida nesse joguinho dom-juanesco a comprometer-se emocionalmente. Ou seja, a ele só interessa brilhar entre muitas, e não o fato de ser importante para uma. 
Insegurança doentia que magoa e destrói. Dificilmente é reconhecida por quem faz, já que justificam essas posturas com um sonoro "não estou fazendo nada demais". E não estão mesmo, para quem entende que coisa demais é ter uma vida sexual fora do casamento. Mas para quem acha que certos gestos e palavras são mais ou tão significativos quanto uma relação sexual, aí estão fazendo coisa demais sim!
Viver correndo o risco de jogar no lixo uma relação de cumplicidade e afeto é uma escolha. Só não deve fiar-se que conseguirá sempre "dar a volta" na companheira pois o bumerangue volta. 
Uma das características desse tipo de comportamento é acreditar que conseguirá se safar eternamente E não conseguirá. A casa um dia cai. É assim desde que o mundo é mundo. A companheira pode relevar uma, duas, três, afinal você é o típico e competente sedutor, e vai seduzi-la também por muitas vezes. Mas, como canta Vinicius de Morais - o perdão também cansa de perdoar.
Ah! um recadinho ao "arroz de festa"  - lembre-se que certamente você NÃO É um Johnny Depp e, acredite! Que mesmo assim é amado verdadeiramente por alguém. Mas se isso não te basta, pois para você(continuando com Vinícius) o menos vale mais, ok. Mostre sua masculinidade, encha-se dessa coragem toda que você usa para ser el conquistador e separe-se da sua esposa! Deixe-a encontrar um homem que sinta-se satisfeito com o amor que ela tem para lhe oferecer e vá  viver a sua vida como quer. 



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