O blogger é atualizado de acordo com as batidas do meu coração. É um prazer tê-los comigo.

sábado, 5 de novembro de 2011

O único sentimento que conheço é o meu.



Tenho lido textos abençoados nesses dias áridos. E minha querida Vera Alvarenga do blog  http://mulhernaidademadura.blogspot.com/ escreveu algo que veio de encontro a mim.  O texto nasceu dela e encontrou tanto eco em mim que, sem lhe pedir licença, o coloquei aqui, em uma grande mistura de palavras dela e minha.
Despedir de um amor é difícil. Despedir dos sonhos é dilacerante.
Desvencilhar-se para sempre dos abraços, dos corpos e desejos, do reconhecimento do outro através dos sentidos, do cheiro que invade a casa ao sair do banho, pede esforço.
É preciso coragem para enterrar a sensação de completude, que devolvia a paz que, teimava em te deixar, quando o mundo parecia de cabeça para baixo e ele dizia: “estou aqui”.
Como jogar fora os planos para um futuro cheio de dias tranqüilos, filhos crescidos, netos nascendo, dinheiro finalmente sobrando, e a emoção de olhar para o lado, quando se espera o embarque para aquela sonhada viagem, e ouvir: “Sobrevivemos a tudo meu bem, e continuamos aqui, juntos e felizes”.
Quando você vive o amor de verdade – corrigindo: quando você acredita que vive um amor de verdade, o medo de perdê-lo é uma constante. Faz parte. Alguns fogem – preferem não ter, a ter e conviver com o risco de perder. "Nesse perder habita a sensação de que, por um tempo, que não se mede, a vida será ainda mais frágil do que era."
“Quando eu era andorinha, não me sentia sozinha”. E de repente o vôo fica solo.
“Despedir-se deste projeto que, se pensava feito a dois é abandonar um ideal que habitava as entranhas e justificava tudo o mais”. Será preciso inventar outros sonhos.
Esta despedida apavora, tira do prumo, o ritmo entra em desassossego, perde-se a direção, e tudo é  pela aflição. Uma hora o medo de perder precisa ser abandonado... ninguém pode se doar pela metade em uma relação, não é honesto. Então, você mergulha, e aquele que era para nadar junto com você, esvazia a piscina sem te avisar. E você se despedaça.
Ninguém dorme amando e acorda possuído pelo desamor...
É desleal dizer que ama se não há mais certeza, abraçar forte só para não ser indelicado, fazer sexo só porque sexo é bom. Ali do outro lado tem alguém que ama de verdade. É traição não dizer que alguma coisa mudou, quando mudou e deixar o outro seguir sozinho, plantando, adubando, aguando, tirando ervas daninhas, enquanto seu terreno já está seco e árido.
“É tempo de respiração suspensa, de medo e necessária coragem para encarar o fato de que não tenho nenhuma garantia e que, o único sentimento que conheço é o meu.”
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