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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Felizes para sempre?


Já está aceita no mundo inteiro a tese que causar dano emocional ao parceiro pode ser crime. O marido de Whitney Houston obrigava a todos a chamarem a cantora de Mrs. Brown, a fama dela o incomodava, ele se sentia humilhado e diminuia a mulher. Ela aguentou isso durante anos, fora as agressões físicas. Teve até uma filha com esse infeliz...
A lei Maria da Penha aceita os "danos psicológicos" no seu artigo 7, mas só relativos à mulher, não fala do homem. E quando uma mulher quer humilhar seu parceiro, ela sabe como fazê-lo. Aonde quero chegar?
A autópsia da Whitney não vai mostrar sua maior doença, o desamor, a depressão em alto grau.
Nenhum exame de sangue, tomografia ou ressonância irá indicar todos os males e transtornos da alma e da cabeça do ser humano, não importa se homem ou mulher. A doença ( ou transtorno, como prefere a Organização Mundial de Saúde ) geralmente começa de forma insidiosa e vai se alastrando com o tempo. Pode se abrigar em diversas áreas, como ciúmes, inveja, medo, afeto e tantas outras que o ser humano carrega. Pode ter causas até hereditárias, como a esquizofrenia, outras são adquiridas, outras geradas por si só. Bibliotecas inteiras estão cheias de informação sobre o assunto, vários psicólogos e psiquiatras já se dedicaram ao tema. Já existem poucos remédios que ajudam equilibrar uma mente transtornada. A serotonina, hormônio do prazer de viver, já tem reposição quando o cérebro não é capaz de gerar.
Os maiores danos ficam alojados na área emocional, sexual e afetiva, afetam as relações familiares, as pessoais e conjugais.
Recentemente, uma mulher quase mata seu marido porque ele passava todo dia na academia onde ela ia malhar e falava na frente de todo mundo..."  não adianta gorda, não adianta." Teve um dia que ela não aguentou mais e partiu pra cima dele. O ser humano pode ser muito rico e pobre de espírito, ao mesmo tempo. O refúgio nas drogas ou no álcool só pioram as coisas. A análise psi pode ajudar, mas quem resolve sempre é a própria pessoa, se ela quiser. Se tem cura? Tudo depende... O fato é que ninguém está livre de um transtorno, não importa qual, pode ser um simples TOC TOC, não importa a idade, talvez uma paranóia, seja ela bipolar ou não. O fato existe. Uma das coisas mais difíceis é conviver com uma pessoa que você ama e ela tem lá seus transtornos. E não quer cuidar... E como diria o filme...assim caminha a humanidade. (Douglas Menhinick)
E meu amigo termina seu texto com um sábio "cuidem-se". Eu sempre digo que as pessoas só podem fazer conosco aquilo que permitimos. E quantas vezes permitimos o que não deveríamos permitir? Muitas. Mas ouvi de uma pessoa simples e sábia em uma inevitável conversa sobre a morte de Whitney Houston e seu conturbado relacionamento com o marido Bobby Brown, o seguinte: "quem olha de fora pensa que ela dava inúmeras chances a ele, que seguia lhe magoando, mas não era nada disso... ela era uma artista, inteligente e sensível e ao optar por continuar ao lado dele, na verdade, não estava lhe dando nenhuma chance, estava apenas dando uma chance a si mesma." 
Exatamente por aí – a chance deve ser dada a si mesmo, sem nunca perder o SEU foco, pois como me disse meu amigo, autor do texto, “se você não escolhe, vem o outro faz isso por você”.
Concluo, assim,  que o cerne da questão não é continuar ou não mantendo um relacionamento que aos olhos dos outros já devia ter chegado ao fim, e sim ter consciência de onde você se encontra enquanto ainda aposta na vida a dois, para não morrer na praia, ou...na banheira.

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