O blogger é atualizado de acordo com as batidas do meu coração. É um prazer tê-los comigo.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

E...



E novamente a sensação de queda livre... Incrível como nos habituamos a tudo, até àquilo que tememos... Nas primeiras vezes em que me vi caindo busquei um pára quedas que nunca veio. Hoje, tranquila, apenas experimento as sensações que descer me proporciona, e em detrimento do medo de onde irei pousar, sinto o vento forte no rosto e aproveito a ilusória sensação de que sou livre. Nunca somos livres... Difícil constatação à qual não resisto mais, e talvez por esse motivo, tornou-se menos difícil.
Todos os seres humanos têm o objetivo de viver em estado pleno de amor. Essa busca já nos faz prisioneiros. Estado de carência é a realidade da maioria. Miséria afetiva. Solidão. Casamentos sem amor. Relações superficiais. O homem tem medo de amar e medo de ser amado. Amar causa variadas sensações... Fragilidade, dependência, insegurança. O temido monstro da traição e do abandono, imensos, assustadores, com garras afiadas... Assim, sabotamos a possibilidade de viver o amor. Dilema cruel - querer viver o amor, procurar, encontrar e destruí-lo. Obviamente a destruição não é feita de modo deliberado, mas o que conta é o resultado final.
Nem sempre podemos seguir o sábio Fernando Pessoa, aliás nem ele mesmo conseguiu agir assim...
"Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário. 
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas. 
Se achar que precisa voltar, volte! 
Se perceber que precisa seguir, siga! 
Se estiver tudo errado, comece novamente. 
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a. 
Se perder um amor, não se perca! 
Se o achar, segure-o!"

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...