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quarta-feira, 20 de março de 2013

Eu amo o amor


E eu passei a vida agarrada a ideia do amor. E amava. Amava o amor. Ou melhor amo. O amor. Assim mesmo. Apenas o amor. O significado do amor para mim. Muitas vezes (para falar a verdade, na maioria delas) estava me relacionando com alguém, talvez até sendo feliz, mas ainda assim, só amava mesmo aquele amor que idealizara... (seria isso uma forma de infidelidade?). O portador desse amor que eu idealizei tinha algumas particularidades, claro, não fosse assim, não teria sido idealizado. A primeira delas é respeitar o amor. Entendendo-o sublime. Reverenciando-o, como eu. Depois a incondicionalidade  - credo, cor, sexo ou raça, profissão, limite do cartão de crédito, erros, acertos, tropeços, anseios e suspiros. E, finalmente, aquele olhar ansioso de quem busca evoluir, superando o que for possível dentro dessa nossa quase implacável humanidade. Esse é o fiel depositário do amor que eu amo. Para quem eu me volto, sem medir esforços, tempo, distância. Incondicionalmente. Inegociável mesmo é apenas a reciprocidade do sentimento. Só isso. Se entendo que amor é energia, é na troca que ele se renova e se fortalece. Tornam-se irrelevante as demonstrações de afeto, de gestos, de mimos e manhas, de trocas de sms e emails, de flores enviadas e recebidas, pois não me refiro a esforços e nem a doação de tempo ou dinheiro. Afinal, o amor limita o ego, caso contrário, ainda não é amor.Tudo isso é tão pouco quando tudo flui de dentro. O lado de fora quase nem existe. O outro quase inexiste, pois ele é apenas a projeção do seu amor, ouvi isso outro dia, e veio ao encontro do que penso. Pode acontecer daquele que guarda em si, o amor que amo tenha seu olhar voltado precisamente para o norte ou para o sul, enquanto eu siga navegando na vida ao léo, sem bússula e sem guias. (Como sou). Mas será imprescindível que almeje, um dia, olhar junto comigo para a mesma direção, porque eu jamais saberia deixar esse amor olhando perdidamente para o nada, enquanto eu, abençoadamente,  estivesse me deliciando com o nascer do sol sob uma paz que quase nunca me deixa. O amor mora na esperança de tornar-se melhor - e, como consequência, um outro também melhor e maior. É assim - uma extensão. Um dois em um. 

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