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sexta-feira, 5 de abril de 2013

O risco de apostar, de novo, no velho

Eu sou descrente de que possa haver sucesso ao investir, novamente, em um mesmo relacionamento. É uma expectativa ainda maior, e como consequência uma frustração gigantesca. Claro que isso não é impossível, mas acho improvável o recomeço entre casais. Propostas, esperanças e expectativas - o novo dentro do velho. Defendo a busca incansável pela felicidade. Acredito, e muito, que as pessoas mudam, e quando essas não mudam temos a chance de mudar a forma como as enxergamos. Tudo na vida é uma questão de perspectiva. Casais que não deram certo podem e devem se dar a chance de um novo começo, só que com outros parceiros. 
Se hipoteticamente ocorresse uma transformação de 180º, mais que o suficiente para fazer com que aquela velha relação, a partir de então, desse certo, seria possível queimar na fogueira, as lembranças, as mágoas e o receio de enfrentar os mesmo sofrimentos? Ocorre que mesmo que as pessoas se transformassem, os fatos que elas protagonizaram são atos já consumados. Enfim, a dor já doeu. E esses "atos" precisariam, antes de tudo, serem aceitos, relevados e... principalmente, esquecidos. Mas o coração que tem memória de elefante fica “gritando” que está ali, vivo, pulsando, quando deveria estar quieto... E sente dor e quase pula fora do peito quando as lembranças ruins do que aconteceu voltam sem pedir licença -   "E aquele dia que ele mentiu que ia ali e foi lá?" "E o dia em que descobri a  traição, e os vi juntos na porta da academia?" "Nunca podia me receber em horário de expediente, mas  quando me fiz passar  por outra, disse à secretária que eu entrasse." 
Quando o parceiro é outro, tudo isso pode acontecer também, aliás, um dia sempre acontece, pois é normal que as lembranças de relacionamentos passados assombrem - vem o medo de sofrer, de ser traída , de ouvir mentiras. Mas quando a relação não é mais com "aquele" que foi o protagonista daquelas dores, a diferença é que, apesar do temores, quando você olhar para o lado, vai estar de mãos dadas com a esperança de algo novo e diferente, e não com aquele passado, que mesmo querendo ser um novo presente, está carregado de lembranças.
O risco de apostar, de novo, no velho é muito alto.Construir é diferente de consertar. Reconstruir só se for a si mesmo.Certezas não existem, mas existem caminhos mais prováveis. E, certamente colar cacos de relações desgastadas, não pelo tempo(porque o tempo tem poder de desgastar cores, não amores), mas pelas frustrações e decepções é um caminho direto para se deparar novamente com o fracasso daquela mesma relação que, no fundo,  já sabíamos que tinha chegado ao fim, porque o coração nunca se engana... e Cazuza canta o que sabemos sem querer saber: muitas vezes  "as ideias não correspondem aos fatos..."

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