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quarta-feira, 17 de julho de 2013

Mulheres perigosas

Impossível resistir a Félix, de Amor à Vida. O ator está dando um show e o personagem é, de fato, impagável, assim como foi Caco Antibes interpretado por Miguel Falabela no Sai de Baixo. E assim, vou quebrando mais e mais preconceitos e me pego assistindo (muito mais capítulos do que imaginei) a novela das 9. E ainda dando boas gargalhadas.
Mas como me é impossível fugir ao vício da filosofia, fiquei a pensar no rumo que tomou a vida, até então, pacata, da boa e doce médica Leona. Só no capítulo de ontem ela cedeu à proposta do psicopata Félix, adulterou o exame de DNA e assassinou uma enfermeira que cruzou o seu caminho. Tudo isso por amor. Ou melhor, por não ser amada. Incrível o que uma pessoa pode fazer quando se sente preterida, abandonada, ferida e humilhada pelo homem que ama. Leona sempre esteve ao lado do Bruno, como aquela grande amiga, mas nutrindo por ele um amor não declarado durante anos. Fazendo-se presente em todas as situações da vida dele, certa de que um dia, ele reconheceria seu valor passando a ama-la (como se amor nascesse de alguma lógica ou racionalidade...bobagem...). O tempo  passa e ele se apaixona por outra médica, e Leona decide se declarar a ele, indo ainda mais longe (na minha concepção), ela se humilha para ele propondo, inclusive, que vivam uma história de amor de um lado só - ela o ama e ele apenas recebe esse amor. Ele a renega veementemente, e deixa claro que o único sentimento que nutre por ela é o da amizade. Ela que até então, foi a fiel amiga, guardando segredos e partilhando com ele todos os momentos de uma vida difícil, se une à Félix e, sem que ele sequer imagine, passa de fiel escudeira, a grande inimiga.
As mulheres apesar de mais passionais que os homens, são menos violentas, o que se deve, segundo a ciência, ao hormônio testosterona presente em maior quantidade no sexo masculino, e um dos grandes responsáveis pela agressividade. Enfim, é infinitamente menor o número de mulheres assassinas, mas uma mulher ofendida (dependendo da sua predisposição e do meio em que se criou, do que viu e sentiu, claro) pode ser muito mais "assassina" do que um perigoso assassino. Ainda que  produzindo pouca testosterona, ainda que sem usar da violência física, ela pode, destruir covardemente, a vida daquele que lhe feriu. Geralmente vemos isso acontecer por amor. Os homens subestimam isso, e passam a correr um risco que sequer imaginam. Nunca sabemos o que pode acontecer quando uma mulher sente-se mortalmente traída. Se ela acreditar que não tem nada a perder, ou que tenha  pouco, certamente serão capazes de tudo. Do amor diretamente para o ódio.
Desde muito nova entendi que quando acabamos uma relação falando mal do parceiro, estamos falando mal de nós mesmos. Além de ninguém errar sozinho, você dividiu com ele uma pedaço da sua vida, e energia comuns se atraem... Não é assim? Ninguém é só mal, como ninguém é só bom. E ainda que um possa ter errado 90% a mais do que o outro e ainda que, dentro de um conceito geral um possa ser 99% melhor do que o outro, há aquela "tal" relatividade presente em tudo...
Para as "Leonas da vida", vou de Clarissa Corrêa: "Tomara que a gente tenha maturidade suficiente para olhar pra dentro e reconhecer nossas falhas. Tomara que a gente consiga descartar o que não serve sem apego ou drama. Tomara que a gente possa olhar para a frente sem aquela mágoa azeda do que ficou para trás. Tomara."

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