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sábado, 10 de agosto de 2013

Inteligência e amor

Há um tempo atrás li no facebook a frase: "A inteligência é o maior afrodisíaco que existe". Concordei totalmente. Até que experimentei uma realidade que provou para mim que não. A inteligência jamais será o maior afrodisíaco. O maior afrodisíaco que existe é o amor. Digo amor, não fantasia.
Idealizar demais uma situação, nos trava diante da crueza da inevitável realidade, pois por melhor que ela se apresente, dificilmente será como aquilo que foi idealizado. Sem problemas. Sonhos colaboram para uma existência mais rica. Na imaginação, tudo é perfeito e precisamos dessa fantasia. Mas há de se ter muito cuidado com o tamanho da frustração quando aquilo que atrai, encanta, provoca e excita entra em choque com uma realidade que foi totalmente inventada. E aí aquilo que era afrodisíaco torna-se decepção, tristeza, frustração.
Inteligência tem pouco a ver com alardear conhecimento. Inteligência é perspicácia, agilidade mental, agudeza de espírito para transitar das situações comuns às incomuns com autonomia, bom senso, graça, humor. Isso é ser inteligente. E, de fato, é afrodisíaco. Mas não tem o poder de sustentar uma relação. Inteligência sem o coração oferece alto grau de periculosidade. É arma letal denominada manipulação.
A alma humana se sente atraída por sentimentos elevados, mas a inteligência permite eloquência suficiente para "passar" ao outro uma nobreza inexistente e, a verdade é que reconhecer isso nem sempre é fácil...
Hoje as propagandas de carro afirmam que carros são sensuais, ou seja, até mesmo objetos podem ser estimulantes de alguma forma. Vale lembrar disso antes de fazer uso da boa fé e acreditar naquele príncipe encantado, interessante, educado, bom amante, sedutor, que jura  ter encontrado em você a sua alma gêmea. Ele se mostra como o último dos românticos, e é... Com você, mas também com a metade da torcida do Flamengo.
Alguém disse que “Amar é admirar com o coração, e admirar, é amar com o cérebro”.  É preciso razão para saber se aquele que se ama com o coração é digno de sua admiração. Entendo a sensualidade como a excitação causada pela constatação ou contemplação do que é, de alguma forma, incitante. E isso acontece na imaginação. Por mais que o amor não seja passível de explicações racionais, há uma lógica mínima que norteia, senão o sentimento em si, pelo menos o que fazer a partir dele. Caso contrário vira um "vale tudo", onde dor e sofrimento certamente serão constantes. É preciso definir o que se quer do amor.
 
 

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